observo pacientemente o nascer do sol.
aguardo um novo dia.
como companhia, um amontoado de pedras. dispostas ao acaso.
aguardo.
aguardo um novo dia.
como companhia, um amontoado de pedras. dispostas ao acaso.
aguardo.
os contornos ósseos – bruscas quando
desfiro o ímpeto dum punho cerrado nesses den
tes
delicio-me perante esse sorriso já des
figu
rado enquanto
…perco…
…a…
…conta das vezes que zombou de mim
descubro que ainda estou vivo.
tudo. a companhia da sombra que caminha a meu lado. tudo. o silêncio que me dá as boas vindas a casa. tudo. a quietude que me embala até eu adormecer. tudo. a de-
pressão que me acorda com um beijo de bom-dia.
tudo no sítio certo.
multiplicada pelo desalento | de | |
cada instante é o tempo que as ondas | ||
electromagnéticas demoram a percorrer o mar | de | |
nada que nos | ||
separa | . |
onde as rectas se curvam a noite há-de prostrar-se a nossos pés adorando-nos enquanto rasgamos a pele dum firmamento liquefeito e num só fôlego _________________________de uma vez |
contamos as cicatrizes que o pontilham por todas. |
dói(-me) o sangue diluído na (tua) saliva pois
já se fundiriam ossos nas labaredas do anseio caso
não respirasses por 2.
a depressão amplifica o medo.
há muito que os níveis de oxigénio desceram
para cá do limiar do p â n i c o
no one taught me the dangers of trying to find happiness on tree tops.