indifference
d i f f u s e
dust we are
adrift in heavy waters
…serenity
floods the lungs;
the horizon slowly dims
s t a t i c
fades in
at the back of my head__________________________________.
d i f f u s e
dust we are
adrift in heavy waters
…serenity
floods the lungs;
the horizon slowly dims
s t a t i c
fades in
at the back of my head__________________________________.
“i feel like running away. far away.”
“alone?”
“you can come. i’ll sleep while you drive. i don’t want to know where i am when i wake up.”
lentamente
instala-se o frio. não me gela os ossos,
estremeço apenas.
só.
podia não estar
mas prefiro a companhia da
única pessoa que algum dia
me compreendeu.
sublime.
reconhecer a melancolia ao espelho.
acolher-me de volta
e por breves instantes
glacial flowing
pleasure dissolved in pain
bleeding in gu sh es,
splattering the bathroom sink
sl i d i n g
d
o
w
n
the plughole
draining guilt away
(2001)
havia luz a desvanecer-se no céu. estava frio como eu gosto. não reparei nas pessoas a olharem para mim. talvez hoje ninguém o tenha feito.
manhã. um homem defecava no separador central da avenida enquanto uma multidão de gente saía dos autocarros alheada na pressa de chegar algures.
como me nauseia a putrefacção humana. a da multidão de gente. eu incluído, claro.
longing to be a part…
imaginei que hoje saisses. eu não. porque não tenho com quem sair e mesmo que tivesse não havia de querer.
eu quero
aconchegar-me no cobertor de estrelas
duma galáxia que fique tão longe
que nem sequer se saiba que existe.
e não quero pensar em nada
a não ser naquilo que amo.
esquecer as coisas más.
não me importo que nunca
tenhamos dado as mãos nem
me importo que nunca
me tenhas abraçado e em vez disso
te tenhas esquivado a um abraço meu.
porque no sítio para onde eu quero ir pode
não haver alegria mas também
não há nem dor nem saudade.
(1998)
já nem a solidão é coisa certa
* por ora.