Olha, Paulo, acho a ideia ‘gira’ mas eu prefiro as expressões de serenidade que se transmitem pelos olhos, pela forma descontraída dos lábios e da face em si… No sentido psiquiátrico, falta-lhe a ‘expressão’ de profunda indiferença, do vazio absoluto.
Mas gostei!!! 😉
maharet: a minha ideia era mais ou menos essa; mas era minha intenção mostrar alguém sem qualquer identidade.
nikita: no fundo eu queria exprimir essa serenidade através da indiferença que os braços cruzados deixam transparecer. mas esta não é uma serenidade resultante da plenitude, antes pelo contrário, é a total ausência de emoções – daí o rosto completamente descaracterizado. obrigado por partilhares a forma como viste este trabalho.
Esta imagem fez-me confusão. Olho… torno a olhar outra vez e não consigo ver nada… só uma figura que me assusta por não ser bem definida e que parece ter uns olhos gigantes que observam e não deixam ver… 🙂
Uma pessoa sem identidade e completamente à vontade com a sua condição…
(Isto fui só eu a divagar… não sei se era bem isso que pretendias transmitir… )
Mas agradeço por me fazeres parar um bocadinho a reflectir sobre isto! 🙂
vanessa: tal como disse em resposta à nikita, a minha intenção era exprimir a (minha) indiferença perante o vazio total de emoções. é claro que é possível interpretar a fotografia de outras formas. quando olho para ela agora vejo-me esfumado em ruído branco dentro do negro da t-shirt.
Não consigo ligar a imagem ao título, acho que a primeira não exprime o último. Isto é, claro, para mim. Para mim a não-identidade é indissociável do perturbado. E os tons cinzento e preto dão um tom demasiado negro à imagem para ela representar imperturbabilidade. Ainda mais, o grão. É demasiado barulhento.
Não quero dizer que está “errado”. Estes significados (do grão, das cores, da não-identidade) são pessoais. Outros terão diferentes.
Mas na minha visão pessoal, os elementos da foto sugerem mais o contrário de ataraxia.
zoe: antes de mais agradeço a profundidade do teu comentário. o que me escreves não me surpreende. a ligação do título à imagem talvez não seja imediata para qualquer outra pessoa que não eu próprio. apesar disso, no teu comentário referiste dois pormenores essenciais desta foto (que constituíram a ideia base para a fazer): a “não-identidade” e o “ruído”. como já escrevi em cima, a tranquilidade que eu quero expressar não é uma resultante da plenitude mas sim do total vazio emocional – representada pelo rosto sem expressão e (quase) sem detalhe. o outro elemento, o ruído – neste caso digital mas que facilmente se associa a uma representação visual do ruído branco -, é algo a que já tenho feito inúmeras referências (vd. white noise, indifference, enquanto espero, lapsos i, kräne). para mim o “ruído” é uma cortina que me isola do mundo. depois desta explicação será certamente mais fácil perceber a ligação por mim intencionada entre a fotografia e o título…
nUNO
psycho!
maharet
lembra-me aqueles sonhos em que aparecem pessoas disfocadas e com a cara enevoada, mas que mesmo assim continuamos a saber quem são.
Nikita
Olha, Paulo, acho a ideia ‘gira’ mas eu prefiro as expressões de serenidade que se transmitem pelos olhos, pela forma descontraída dos lábios e da face em si… No sentido psiquiátrico, falta-lhe a ‘expressão’ de profunda indiferença, do vazio absoluto.
Mas gostei!!! 😉
paulo ribeiro
maharet: a minha ideia era mais ou menos essa; mas era minha intenção mostrar alguém sem qualquer identidade.
nikita: no fundo eu queria exprimir essa serenidade através da indiferença que os braços cruzados deixam transparecer. mas esta não é uma serenidade resultante da plenitude, antes pelo contrário, é a total ausência de emoções – daí o rosto completamente descaracterizado. obrigado por partilhares a forma como viste este trabalho.
Vanessa
Esta imagem fez-me confusão. Olho… torno a olhar outra vez e não consigo ver nada… só uma figura que me assusta por não ser bem definida e que parece ter uns olhos gigantes que observam e não deixam ver… 🙂
Uma pessoa sem identidade e completamente à vontade com a sua condição…
(Isto fui só eu a divagar… não sei se era bem isso que pretendias transmitir… )
Mas agradeço por me fazeres parar um bocadinho a reflectir sobre isto! 🙂
Beijinho*
paulo ribeiro
vanessa: tal como disse em resposta à nikita, a minha intenção era exprimir a (minha) indiferença perante o vazio total de emoções. é claro que é possível interpretar a fotografia de outras formas. quando olho para ela agora vejo-me esfumado em ruído branco dentro do negro da t-shirt.
marta
nota-se a magreza, não reconheço essa posição em ti, pareces autoritário.bela foto;)*
RainKing
Your stuff gets more and more powerful.
truth
a maioria das pessoas que conheço dizem-me o mesmo que essa foto me diz. rigorosamente nada.
zoe
Não consigo ligar a imagem ao título, acho que a primeira não exprime o último. Isto é, claro, para mim. Para mim a não-identidade é indissociável do perturbado. E os tons cinzento e preto dão um tom demasiado negro à imagem para ela representar imperturbabilidade. Ainda mais, o grão. É demasiado barulhento.
Não quero dizer que está “errado”. Estes significados (do grão, das cores, da não-identidade) são pessoais. Outros terão diferentes.
Mas na minha visão pessoal, os elementos da foto sugerem mais o contrário de ataraxia.
paulo ribeiro
zoe: antes de mais agradeço a profundidade do teu comentário. o que me escreves não me surpreende. a ligação do título à imagem talvez não seja imediata para qualquer outra pessoa que não eu próprio. apesar disso, no teu comentário referiste dois pormenores essenciais desta foto (que constituíram a ideia base para a fazer): a “não-identidade” e o “ruído”. como já escrevi em cima, a tranquilidade que eu quero expressar não é uma resultante da plenitude mas sim do total vazio emocional – representada pelo rosto sem expressão e (quase) sem detalhe. o outro elemento, o ruído – neste caso digital mas que facilmente se associa a uma representação visual do ruído branco -, é algo a que já tenho feito inúmeras referências (vd. white noise, indifference, enquanto espero, lapsos i, kräne). para mim o “ruído” é uma cortina que me isola do mundo. depois desta explicação será certamente mais fácil perceber a ligação por mim intencionada entre a fotografia e o título…
zoe
Sim, de facto a explicação e os links contextualizaram-me um pouco. Acho que consigo chegar mais perto (pelo menos) da tua perspectiva.
Thanks!
potty
paulo, this is the shits, man! i love how you don’t see what it is until you scroll down quite a bit further. i wish i had your imagination!!
chris
triptastic man…I saw something like that on a…um…trip.