atraco os olhos nas copas das árvores, como se através delas pudesse
sorver a lama de cinzas do céu e elevar-me assim acima da poluição.
ruído branco como chuva a despenhar-se em telhados de zinco.
paz.
atraco os olhos nas copas das árvores, como se através delas pudesse
sorver a lama de cinzas do céu e elevar-me assim acima da poluição.
ruído branco como chuva a despenhar-se em telhados de zinco.
paz.
etcetc...
sinto-me feita de ar e nada me atinge pois caminho acima de todos, piso chao feito de nuvens, longe de tudo…feita de ar…inatingivel…impossivel
Sara Mota
Paz…
🙂
gn0ma
há quem tenha saudade do ruído da chuva sobre um telhado de zinco, porque o ruído também pode ser Paz, e o silêncio também pode ser poluição torturante…
***
Pedro Fernandes
percebo o que queres dizer (ou acho que percebo). no entanto…
não há mesmo nada como a chuva a bater num telhado de zinco. nada.
ana catarina
E consegues msm transmitir essa paz… isso é q é incrivel.. ***
Lost in Space
que excelente retrato daqueles momentos mortos por entre a vida incessante da cidade.
“sorver a lama de cinzas do céu e elevar-me assim acima da poluição.” – a frase que mais gostei. mt bom.
RainKing
Excellent shot. The tones do it for me.
paulo ribeiro
etcetc…: fizeste um belo remate ao meu texto! obrigado.
pedro: pareço ter referido algo que despertou em ti uma vivência bem real…
lost in space: é exactamente isso. tirei a fotografia enquanto esperava que o semáforo numa passadeira ficasse verde. e o texto também é sobre esses momentos em que fico absorto e é como se me fechasse num mundo só meu, bem acima da futilidade de uma cidade inteira.