encho mais um depósito de gasolina.

conduzo.

as luzes dos faróis ávidas por engolirem a estrada.
nos retrovisores vejo-me a lavar-lhe os pés. ela perde os olhos no infinito.

nada como o gelo duma lâmina para raspar a pele carne da minha identidade.

encho mais um copo de gasolina.
bebo.

esta noite
eu
vou ser
o sol
.