…a seu tempo cairás nas falhas da minha memória.

daqui a uma vida, quando tudo estiver mudado, recordar-te-ei ao descansar a cabeça na almofada e os fugazes momentos que passámos na companhia um do outro relampejarão do fundo da minha lembrança, ribombando junto à nuca. serei tomado por uma avassaladora necessidade de te escrever e quase sem dar por isso redigirei mentalmente uma carta, apesar de não ter a tua morada nem como te contactar.

atormentar-me-ei durante dias, imaginando se.
a desejar que antes do fim chegar o acaso queira que nos voltemos a cruzar.