o frio

projectam-se sentimentos na tela da memória. queria agarrá-los, poder sentir a sua doce suavidade ou dura aspereza nos dedos. guardá-los no bolso, levá-los para casa, coleccioná-los em caixas de fósforos vazias.

mas rapidamente se evolam; nada deixam para trás a não ser o vazio da sua abstracta existência. tudo o que levo para casa é o frio da noite que tarda em cair.